Tuesday, December 27, 2005

FAÇAMOS FESTAS AO TEMPO - EXCELENTE 2006 PARA TODOS



Aguarela de Rui Paiva
27 de Dez.º 2005

Friday, December 23, 2005

UM FELIZ NATAL PARA TODOS




Aguarela de Rui Paiva
Natal de 2005

Tuesday, December 20, 2005

As Àrvores de Natal Adormeceriam Tranquilas

Aguarela de Rui Paiva
20 de Dezembro de 2005
E,
e se...
E se um dia as àrvores de Natal deixassem em casa o "glamour",
e as fitas e as lantejoulas,
e as bolas brilhantes,
e os arabescos,
e os pinheiros atarracados de tantas coqueterias;
será que deixavam de ser
as Àrvores de Natal?
E se fossem dar uma volta ao som da Estrela Maior,
na noite da consoada,
para,
num passeio,
apanharem o ar misterioso da noite encantada?
E se um dia o Natal,
fosse um ponto de encontro,
de todos,
todos,
os que se consideram amigos,
os que se amam,
os que se respeitam?
As estrelas adormeceriam tranquilas como as crianças,
A noite soltaria suspiros de neve,
As Àrvores seriam mais felizes.

Friday, December 16, 2005

A Sorrisa e o Lâmpado (II)




O Ar-Busto transformara-se numa estátua informe e não sabia..[2], porque não vislumbrara ainda a sua nova velatura.
Na vida irreal também aconteciam misté-Rios como esse, sabiamente reportado no dia seguinte, mas mesmo assim anterior ao Acto.
A Sorrisa vendo-se tremeluzente de frio, pensa num ditado aprendido faz muitos e muitos anos…

"- Uma neblina cheia de frio, envolta na penumbra procura um sorriso para se aquecer!”.
Só aí, a Sorrisa teve a noção, numa canção, de quanta importância se nutria a sua fidalguia.
O Lâmpado, mais discreto, mas não menos luminoso, abarca com todo o seu so-riso maroto, mas tão natural a extensão da frase pensada pela sua amiga A Sorrisa.
Vê bem Sorrisa o que se nos oferece nesta noite de breu.
Beu, beu ladrou um caniche, de pelo eriçado, que passava de skate num varão, que não era filho ainda.
Breu, assim se apelidava de seu nome, qual rosa de mistério, o caniche carabineiro. Assim era conhecido porque comera trinta e três carabineiros nadando num arroz à valenciaga, perdão valência-Ana, ao ouvir um senhor a perscrutar o silencioso soletrar da corrente de pensamento de uma gatinha sia-ano.
Bom, parece ao tradutor, e aqui vamos dispensar uma nota de roda-pé, escolhendo antes uma nota de roda-mão, para não causar torcicolos … já imaginaram o que era estar a obrigar o leitor a deleitar-se com 1000 e tal notas de pé de página…. Que esforço desusado, desinteressante e desidratante. Assim a modos de uma qual tese de douto-oramento.
Assim vai uma nota de roda-mão!
Como se ia dizendo, o tradutor pensou: “Tratando-se de um gatinho, não será sia-ano, nem sia-mês, mas sia-dia. E aí confunDIA-se com a interjeicção jurídico-circular de sine-die. Que quer dizer…”um dia saberás, se no dia seguinte não tiveres esquecido”.
O Lâmpado desvanecia-se a olhar pelo espelho avanto-visor, para a Sorrisa, jovem Sorrisa encantatória na sua postura de viagem. Que mar-a-vilha. Que belas ervilhas, diz o caniche ao observar uma hortinha recentemente inaugurada junto à Estátua Arbustina.
É neste espaço de cena, que um ratito, um pequeno momento caracterizado pela sua rapidez, (assim apregoam os aPreciados nuestros hermanos, “un ratito!”, o que quer dizer normalmente espera um pouquito que se não souberes mais nada é porque está tudo assim assim), sobrevoa o palco onde de-corre, como dissemos em data anterior, lentamente, a cena.
E fica logo tudo esclarecido. Esclar-esquecido diz o Ar-Busto, a que o facto de se ter transformado inadvertidamente em vegetal empedernido, não retirara nenhuma das suas faculdades---de Ciências Motrizes, de Ciências Bem-Falantes e das Altas Ciências Matemáticas.
Gatinha e Ratinho eram da mesma família e não sabiam. Vivíamos um tempo nas novelas de novelos por desnovelar, em que irmãos desavindos não se conheciam, a não ser pela via familiar.
Nova re-comenda-ção do tradutor: O pano só não cai porque o escândalo é abafado pelos raides da gatinha radical, de pedra e cal deslizando nas tijelas circundantes.
Não há mistério no acontecimento.
“- Estou (Lua) Cheia”- observa.
“- Então porquê minha amiga?” – pergunta.
Porque comi de mais. – assim responde a Lua já sem pa-Ciência.
Noite de Lua Cheia, que beleza de simbolismo – exclama a Gatinha embevecida e bambolenate.
O Lâmpado enche-se de brio e olhando para A Sorrisa enchendo-se de coragem consergue dizer, corando ligeiramente:
“ - …” (???)
- não se consegue ouvir porque passa um daqueles pluri-reactores a que reagem mal os nossos tímpanos, num pranto de poluição sonora.
Vamos tentar ouvir de novo…mas pelos modos mais parece uma declaração …
(Continua mais logo)

[2] Atenção: nota do tradutor: Atenção, vamos a acordar….são dois pontos. Porquê? Porque o terceiro é um ponto…lol…não o Ponto. Esse ponto está no palco estirado numa cama de bilros a aguardar as derradeiras palavras do acto -1(menos 1) para começar a acabar a sua dica-tologia.

Wednesday, December 14, 2005

A Sorrisa e o Lâmpado


Ouve-se claramente um som contínuo, a recibo verde azeitona, calmante, em tons de cavaleiro ajudante. Perdão viajante.
A narrativa salta de uma sacola, descuidadamente pousada, (ainda vou tentar saber a diferença fundamental entre uma pousada e uma estalagem que albergue, um hotel…), num palco. Palco inventado entre as cadeiras de um parco conjunto de atentos estudantes de cinema. Observadores-observados, destituídos de câmara, (falta-de-ar?), de filmar, ir-e-voltar-e-plonjar-e-travelar….
Dois parênteses: o palco não tem que ser instalado do lado das realidades mais pun-gentes.
Pode bem em situações amplamente justificadas, partir para outra….cena.
E ficar-se pacatamente pelas traseiras do camarim. - -
“ - Câmara-rim?”
Não, cama-rim, onde os actores descansam antes de entrarem em cena. Não, não é o Jantar à espanhola. (Ufff!!! Isto de se ter um intérprete tradutor estrangeiro, tem que se lhe oiça…)
Isto é, pode bem situar-se na plateia, bem ao lado do plateau, no topo das escadinhas, é bem de ver.
Voltando ao texto…
Um dia, já noite alta, numa Baixa,

(Down-Town…a parte mais in[1] da cidade, a mais cara…down…..! Com franqueza),
de uma cidade rural, apareceu um sorriso…
Aqui começa a peça de teatro propriamente dita. Escrita…
Desculpem…mas temos que interromper o espectáculo porque não adquiriram o bilhete, que é grátis, mas tem que ser levantado numa cidadezinha do litoral entre as 10 e as 23 h de sábado.
Para mais não há jantares grátis. Só bilhetes para os teatros.
Bem mas com se dizia, “ Um dia a Sorrisa, combina encontrar-se com uma amiga. Em vez de encontrar a amiga, vê, ficando perturbada o Lâmpado. Em volta são inúmeras as persona(-pa)gens.
O jardim onde a acção de-corre, lentamente, é um canteiro mal re-gado, não re-gente, onde não há senão plantas caseiras, domésticas virtudes, jardim plantado numa praça vegetariAna, antes de ser trocada por um passeio cinzento-peixe-espada.
“- Os heróis escondem-se por trás dos Sóis!”, e “Por detrás de uma Lua esconde-se sempre uma capicua!”.
Na paisagem circun-andante, ecoam cânticos, estranhamente acompanhados à guitarra clássica, numa versão, em verso, conversa entre brandos críticos de (L)etra.
Um pequeno canino, azul-proeza, ladrando r-oucamente, afirma-se como o alvo das partidas das àrvores esquecidas, no meio da rua tan-gente, deserta.
Ouve-se de re-pente, de cabelo despenteado, a aterragem forçada de um Arbusto, qual estátua, (tua, ou minha), cidadãos que somos de um mesmo canto, canteiro ou canção.
(continua mais logo)



[1] Por exemplo: vou explicar, porque hoje estou cheio de paciência, ouviste! Bem está atento…Num avião, sentado ao lado de um passageiro mal educado, está-se in! Ok? Se viajares, nas asas de um sonho, estás out!!! Ok?

Thursday, December 08, 2005

Procurei a Paisagem na Flor Espacial Construída de Pétalas de Saudade


Procurei-te,
Nas vazias multidões dos eventos,
Não ouvindo loas às doces "feras",
Que distraídas pastam nas planícies intermináveis,

Procurei-te por detrás de uma máscara,
Mas Veneza não corria,
Na ventosa aquática das ondas gondólicas,
Cantares de remadores,
Sopranos sem remos
Cantadores sem voz.

Procurei-te na sombra dos espaços
Mas a lua não permitia devaneios
" - Os jardins celestes encerraram mais cedo",
Vociferou a tempestade (num copo de água)

Procurei-te
Na superfície dum lago cheio de sons
Feixe de encontro de seres marinhos dançando
Na suavidade do gesto azul-turquesa,

Procurei-te
Na imensidão da planície Toscana,
Cenografia da Natureza-Mãe,
Viagem do real na paisagem em construção,
Enchente de Sóis em transição.

Procurei-te,
Nas longitudes,
Nas alturas e elevações,
Amigas citações,
Ampliadas na mente dos homens,
Vegetando nas rurais visões,
Da matéria viva.



Não te encontrei.


Encontrei a tua sombra
Na viagem virtual
Tangente à minha paisagem desconstruida
Habitada por seres inexistentes,
"Simpáticos bichinhos",
Pássaros alados de barbatanas,
Aves -truzes de habitats aquáticos,

E a tua estrada sempre paralela ao sonho
Desenhada na linha do horizonte dos cânticos

_______________

N.B.: a aventura da amizade
Só começa quando a realidade
Se não sobrepõe à corrente virtual
Mas nela bebe a seiva do mundo blogóstico
E se afirma na realidade do "Real".

Monday, December 05, 2005

Amanhã Exposição de Rui Paiva

Saturday, December 03, 2005

APIUR Convida p/a Exposição de Rui Paiva

Friday, December 02, 2005

A Felicidade e a Alegria da Aranhiça Ara















A Felicidade chegando a casa, noite já convertida em adiantada madrugada, deita-se.
A aranhiça Ara, balançando-se qual trapezista informal, vendo-a prestes a encostar as pálpebras, ousou inquirir, do seu cantinho:
- Amiga, como te chamas?
- Felicidade! - disse soletrando as sílabas.
- O teu estado de espírito é de uma alegria
constante, não é verdade?
- Sim. Mas porque perguntas tal?
- Diz-me só...És de ambiências rurais ou urbanas?
- Não tenho preferências, mas os ambientes rurais são mais sãos porque despoluídos.
- Então, não entendo. Porque tens fel no nome e depois acrescentas cidade?
- Nunca pensei nisso - deixa escapar, sem grande vontade...
Passam uns longos dois minutos e sua alteza a Felicidade, informa solene-mente:
- Vou mudar de personalidade!
- Como! Personalidade?
-Sim. Vou adoptar uma nova postura.
- Ai Sim? Vais pôr ovos para onde?
- Bem...Não é isso.
- Então? Explica-te...
- Ora. Vou adoptar o nome de Alegria.
- Boa. Pelo menos rima com Alergia, Aletria, Alegoria e outras ias ...