...cá estou de volta, como sempre...
TEATRO VIVO
- Instalação de Rui Paiva
2005 - 2007
BÓNUS: UMA PEÇA DE TEATRO (IN)ANIMADO EM 3 ACTOS
- por Rui Paiva ( para quem não reparar)
ARES DOS TEMPOS
- Peça em 3 Actos Na Cidade
Começa...
os espe(c)tadores estão todos sentados de costas para o palco..da vida...como sempre.
os espelhos estão desligados.
1º ACTO (INOFENSIVO SUPERIOR)
Estamos em plena época pré-veraniosa.
O calor e a agrura dos ventos só se suplantam a si próprios.
A cidade dorme tranquila.
(Aliás nunca chega a acordar nesta peça...e noutras que por aí vão aparecendo)
A penumbra é um estado de espírito urbano.
Os Tempos estão de (não de a)feição.
É a cidade "adormecida", porque desguarnecida.
A Imprensa sem mote para a estação que se avizinha,
Deixa de falar do tempo e passa a falar do destempero desse mesmo tempo.
Sempre o submundo do tempo...
A letra de imprensa, atomizou-se.
A Vida, essa, corre apressada, mesmo quando dorme.
Mas, de forma clara e transparente, vamos ao que importa...
Um par de grilos, silencioso, conversa num centro comercial,
Mansão futurista, humanamente oásis(ficada),
Ponto de Passagem de gigantes descaracterizados,
Sala-selva urbana de visitas (desesperadas),
Agora deserta, desperta, alerta.
Ocasionalmente cheia,
De ruídos.
Move-se o batalhão da limpeza, nestas 5 horas da manhã.
Ainda há quem l(ab)ute por uma urbe que se implode e não se importa...
Café para aqui, copo para ali,
Ouve-se o entrechocar dos co (r)pos
Mas as suas antenas estão (previamente) sincronizadas.
- Despede-te de teu nome
E (sub) mete-te (à)na tua pele
És uma geringonça topo de gama!
Não sejas tão modesta, grila!
- Sabes que quem grila mais alto,
Não tem sempre razão,
Melhor: nunca tem razão.
- Razão razão, que queres sonhar com isso? Sim, sonha-me lá! Explica-te! Me!!!
- Eu sei amigo
Mas a “agência” não se (g)lobaliza
- A Agência dos Mundos não evolui
Antes se (des)constrói em actos de desacerto festejado.
- Instalação de Rui Paiva
2005 - 2007
BÓNUS: UMA PEÇA DE TEATRO (IN)ANIMADO EM 3 ACTOS
- por Rui Paiva ( para quem não reparar)
ARES DOS TEMPOS
- Peça em 3 Actos Na Cidade
Começa...
os espe(c)tadores estão todos sentados de costas para o palco..da vida...como sempre.
os espelhos estão desligados.
1º ACTO (INOFENSIVO SUPERIOR)
Estamos em plena época pré-veraniosa.
O calor e a agrura dos ventos só se suplantam a si próprios.
A cidade dorme tranquila.
(Aliás nunca chega a acordar nesta peça...e noutras que por aí vão aparecendo)
A penumbra é um estado de espírito urbano.
Os Tempos estão de (não de a)feição.
É a cidade "adormecida", porque desguarnecida.
A Imprensa sem mote para a estação que se avizinha,
Deixa de falar do tempo e passa a falar do destempero desse mesmo tempo.
Sempre o submundo do tempo...
A letra de imprensa, atomizou-se.
A Vida, essa, corre apressada, mesmo quando dorme.
Mas, de forma clara e transparente, vamos ao que importa...
Um par de grilos, silencioso, conversa num centro comercial,
Mansão futurista, humanamente oásis(ficada),
Ponto de Passagem de gigantes descaracterizados,
Sala-selva urbana de visitas (desesperadas),
Agora deserta, desperta, alerta.
Ocasionalmente cheia,
De ruídos.
Move-se o batalhão da limpeza, nestas 5 horas da manhã.
Ainda há quem l(ab)ute por uma urbe que se implode e não se importa...
Café para aqui, copo para ali,
Ouve-se o entrechocar dos co (r)pos
Mas as suas antenas estão (previamente) sincronizadas.
- Despede-te de teu nome
E (sub) mete-te (à)na tua pele
És uma geringonça topo de gama!
Não sejas tão modesta, grila!
- Sabes que quem grila mais alto,
Não tem sempre razão,
Melhor: nunca tem razão.
- Razão razão, que queres sonhar com isso? Sim, sonha-me lá! Explica-te! Me!!!
- Eu sei amigo
Mas a “agência” não se (g)lobaliza
- A Agência dos Mundos não evolui
Antes se (des)constrói em actos de desacerto festejado.
- Esta sociedade é um carrocel de nuvens, umas sem chuva e outras sem nexo.
- Que calor mais insípido,
- Ares dos Tempos…não entendo!!!
- É a estepe estúpido!
____
*Nota do Redactor:
Se se perder siga em frente, porque no 3º Acto haverá três balcões para si: o das Reclamações Sem Fundamento, o dos Brindes Sem Uso e o das Explicações. Trimbos** sempre vazios. Dum e doutro lado.
** Trimbos: Unos, Ambos, Trimbos - três heróis lendários do século XXIII.
2 Comments:
Sorriso...
Continuas encantadoramente único.
Beijinho
Ni*
Perdi-me por aí algures na escrita, mas voltei rápidamente a encontar-me :)
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