Monday, October 24, 2005

A noite em Azul

In "Carnet de Voyage du Sud"
Aguarela do autor (deste blog)


O aNOITEcer vai encobrindo a sombra dos seres.

Descanso de caminhos longos,
percursos diários,
sem destino,
ávidas corridas,
e terra, em dia de
um mundo sem sentidos.

A noite.

Descobre-se nos gestos,
enquanto me apoio
nas palavras,
canto sem voz
em recantos do sonho.

Deslizando no deslumbramento
da noite,
em azul.

Procuro os vértices de
um sonho que se não perde
nas brumas das vestes.

Corro silenciosamente,
sobre trilhos
de sabedoria de leituras sem descanso.

Não durmo
nas páginas de um livro.

Deixo-me embalar
como se sentisse
um olhar,
qual olhar de alguém que ama,
e alerta,
vigia
meu sono
calmo e indecifrável.

Na profusão de gestos,
pinto
em aguarela,
a vida dos sons,
nos parágrafos valiosos,
do papel de arroz
adormecido na tela.

A madrugada
ainda mais deslumbrante
e encantatória
vive da saida da noite
rumando ao dia,
e vem
o esfumar dos silêncios.

2 Comments:

Blogger hfm said...

Através da Idade das Pedras vim até aqui e gostei muito do que encontrei.
Neste post do poema e particularmente da aguarela do caderno de viagem; tb os tenho por aqui bem primitivos mas, contudo, as minhas verdadeiras fotografias.

October 25, 2005  
Blogger Patrícia Posse said...

Dei uma espreitadela aos arquivos e gostei desta aguarela... ñ sei explicar pk mas gostei mt :)
E tb d texto... De facto, "o anoitecer vai encobrindo a sombra dos seres"... sobretd pk é à noite k nos sentimos + frágeis, é o baixar das defesas, é a maior propensão para reflectir sobre td akilo k nos preenche e akilo k nos faz falta ;)
***

January 17, 2006  

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